1ª Intervenção

26 de Outubro - "A proposta de trabalho"

Inicialmente, quando a professora nos apresentou a proposta de trabalho de mais uma disciplina de Seminário de Integração Profissional, todos pensámos ser mais ou menos como os Seminários frequentados anteriormente. Porém, depressa vimos que o Seminário deste semestre iria exigir mais tempo, mais trabalho, mais dedicação e causar um pouco mais de stress e incertezas. A escolha da instituição começou por ser um dos problemas quando nada apontava para tal. Primeiramente, eu e a minha colega Ana quando começámos a pensar e a tentar entrar em consenso no que respeita à escolha de uma instituição, tínhamos como intenção empresas de formação, centros de formação de professores, tudo à volta dessa área. Sendo que tínhamos uma certeza, a de que a área das tecnologias de informação e comunicação não seria da preferência de nenhuma de nós. Contudo, rapidamente deixámos de dar importância à área, o que interessava era ter um local para trabalhar, uma vez que esta comunicação com as instituições se tornou cada vez mais complicada.

O primeiro contacto que efectuámos foi no dia 10 de Outubro para a empresa b-training e encontrávamo-nos ainda cheias de expectativas. Esta é uma empresa de formação criada por duas licenciadas em Ciências da Educação com Mestrado em Formação de Adultos, o que seria à partida um ponto a nosso favor uma vez que compreenderiam concerteza o nosso trabalho e o nosso papel como futuras profissionais de Ciências de Educação. Uma vez que não tínhamos obtido ainda nenhuma resposta ligámos para lá, atendeu-nos a recepcionista que nos ouviu e pediu que enviássemos de novo um email. Durante algum tempo estivemos em conversações com a Drª Mafalda Isac, responsável pela empresa, porém esta acabou por nos responder (no dia 16 de Outubro) que não disporiam de espaço físico para nos receber, uma vez que tinham actualmente um estagiário também a desenvolver um trabalho na instituição. Enquanto decorriam as conversações com a b-training fomos tentando contactar outras empresas, também do mesmo ramo, como por exemplo a Alta Lógica. Descobrimos esta instituição porque um dia em que estávamos no bar da faculdade peguei numa revista da Fórum Jovem e comecei a folheá-la, numa das folhas vi uma grande publicidade referente a esta empresa de formação com os contactos e a morada. Rapidamente nos apressámos a tirar o contacto e a enviar-lhes um email. Esta é também uma empresa de formação e realiza cursos presenciais e à distância, o que nos pareceu bastante interessante. Depositámos algumas esperanças neste contacto, mas apesar de termos ligado para lá e nos terem pedido para enviar de novo o email e aguardar uma resposta, nunca chegaram a contactar-nos. A empresa Cegoc foi também uma das empresas com a qual estabelecemos contacto, por sugestão da professora. Costumam aceitar estagiários e já tinha existido alunos do Instituto que desenvolveram o seu trabalho lá. Várias foram a semanas que esperámos que nos contactassem, a professora sugeriu até o nome da Drª Patricia Santos, uma profissional funcionária da empresa, com quem poderíamos falar directamente, uma vez que costuma estar em contacto com a nossa faculdade através de congressos, palestras, etc. Rapidamente nos foi dito pela Cegoc que esta Drª se encontrava no estrangeiro e por isso não seria possível falarmos com ela. Por conselho da professora, uma vez que frequentemente aceitam este tipo de trabalhos, dirigimo-nos à Cegoc com a esperança de que poderíamos apressar e saltar algumas etapas burocráticas. O que acabou por não servir de nada, uma vez que só se encontrava a recepcionista que nos aconselhou a ligar no dia seguinte para falar com um dos Directores. O contacto com esta empresa ficou sempre em standby e nunca nos chegou a ser dada uma resposta. Outros contactos decorriam como a LPFormação, que foram muito acessíveis e simpáticos connosco. Enviei um email no final da tarde do dia 17 de Outubro, e na manhã seguinte já tinha uma resposta de um dos Gestores da Formação o Drº Francisco Delgado, dizendo que o podia contactar logo que pudesse. Mal chegámos à aula pedimos à professora que nos deixasse ir lá fora ligar pois poderia ser uma boa oportunidade. Infelizmente, toda essa boa vontade não foi suficiente pois nenhuma das sedes da empresa se localiza em Lisboa e a maioria das formações também não ocorre cá. Estas razões impediram-nos assim de desenvolver o nosso trabalho nesta instituição.

Já nos encontrávamos a meio de Outubro e ainda não tínhamos nenhum local para desenvolver o nosso trabalho, o stress começou a aumentar e o pessimismo também. Depois disto muitos foram os contactos feitos com diversas instituições como: o Núcleo de Formação ao Longo da Vida da Universidade de Lisboa; a Quinta Pedagógica dos Olivais; o Museu dos Coches; o Museu da Criança do Jardim Zoológico de Lisboa; o Tinoni; o Oceanário; a Junta de Freguesia de Benfica; a Fundação do Gil e o IAC. Muitos destes contactos não chegaram a obter resposta e as instituições que responderem fizeram-no tardiamente, quando já nos encontrávamos no nosso local de estágio.

Finalmente surgiu uma esperança e obtivemos por parte da Junta de Freguesia de Benfica a resposta de que não poderiam acolher-nos mas encaminhar-nos-iam para uma das Associações de Solidariedade Social pertencente à Junta, fornecendo-nos o contacto da Drª Alexandra Tavares. A Associação Rute é uma Associação de Solidariedade Social sem fins lucrativos, organizada segundo alguns projectos e serviços, como por exemplo: o Bairro Bom Pastor; Psicologia, Encontr@r-te; Apoio Domiciliário e a Creche Colinho da Rute. A Drª Alexandra Tavares que nos foi aconselhada pela funcionária da Junta, era uma das educadoras de infância da Creche Colinho da Rute. Foi neste sentido que a contactei, primeiramente por email e posteriormente por telefone para a marcação de uma reunião com a própria, com a finalidade de nos apresentarmos e explicarmos as nossas intenções no que diz respeito ao desenvolvimento do nosso trabalho. Marquei então uma reunião para o dia 25 de Outubro às 15h. Estávamos preparadas, já tínhamos verificado como nos descolocaríamos e todos esses pormenores mais técnicos, quando por alguma coisa do destino antes de sairmos da faculdade recebi um email da Secretaria da creche a informar que a Drª Alexandra tinha tido um problema familiar e por consequência não teria ido trabalhar. No dia 19 de Outubro, o Museu dos Coches respondeu-nos ao email dizendo que tinham disponibilidade para nos receber, uma vez que já tínhamos encontrado a Associação, respondemos ao Museu dizendo que já tínhamos encontrado outra instituição onde trabalhar. No dia 24 de Outubro, uma vez que estávamos pouco confiantes em relação à Associação, devido à área onde se inseria e à inacessibilidade em termos de transportes, falámos com a Professora Marta Alves que nos aconselhou o Centro de Formação Calvet de Magalhães. No dia 26 de Outubro, aproveitando o facto de não ter existido reunião na Associação e ainda não existindo nova data, liguei para o Centro, com o pensamento de que não perderíamos nada em tentar. Falei com o Director que se mostrou de imediato muito simpático e receptivo a tudo o que lhe expliquei sobre o nosso Curso e o nosso trabalho. Após essa descrição este mostrou-se bastante disponível, pedindo que enviasse um email com o pedido por escrito para ser analisado por si e pelo Conselho Pedagógico da Escola onde o Centro de insere. No caso de o nosso pedido ser aceite poderíamos agendar uma reunião a partir de dia 3 de Novembro pois nos dias anteriores, este não se encontraria disponível devido aos festejos dos 50 anos da Escola Marquês de Pombal, onde o Centro de localiza. Ficamos então à espera de uma resposta da parte do Centro..

  

"Escrever é uma maneira de falar sem ser interrompido." (Jules Renard)